Quando os exames gerais não explicam a ocorrência da condição, convém pensar também em doenças hematológicas neoplásicas.
Relativamente frequente na prática clínica, a eosinofilia, na maioria das vezes, é reacional a processos inflamatórios, tais como reação a medicamentos, inflamação inespecífica, infecção por vírus, fungos ou bactérias, infestações parasitárias, doenças autoimunes, afecções endocrinológicas, tumores e reações alérgicas. Nessas situações, a partir da história clínica detalhada e do exame físico cuidadoso, a avaliação do paciente deve incluir testes diagnósticos gerais, do hemograma à pesquisa de autoanticorpos.
Por outro lado, a investigação de eosinofilia de causa inexplicada precisa considerar as doenças hematológicas e, para tanto, há necessidade de analisar a medula óssea por meio de testes específicos. Isso porque a condição pode ser também uma manifestação de diferentes neoplasias do sangue, como a leucemia eosinofílica crônica, que hoje conta com boas possibilidades terapêuticas.
Por outro lado, a investigação de eosinofilia de causa inexplicada precisa considerar as doenças hematológicas e, para tanto, há necessidade de analisar a medula óssea por meio de testes específicos. Isso porque a condição pode ser também uma manifestação de diferentes neoplasias do sangue, como a leucemia eosinofílica crônica, que hoje conta com boas possibilidades terapêuticas.
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A leucemia eosinofílica crônica (LEC), também chamada de eosinofilia clonal, ou ainda de neoplasia mieloide ou linfoide, com eosinofilia e rearranjos nos genes FIP1L1 e PDGFR-alfa, caracteriza-se por proliferação autônoma e clonal de precursores eosinofílicos, resultando no aumento persistente dessas células na medula óssea, no sangue periférico e nos tecidos. Mais comum em homens, com pico de incidência ao redor dos 40 anos, a doença causa lesão orgânica decorrente da infiltração leucêmica ou da liberação de citocinas, enzimas ou outras proteínas pelos eosinófilos.
O advento de terapia antitirosinoquinase, como o mesilato de imatinibe, abriu novas perspectivas para o controle da LEC. Esse tratamento tem boa resposta nos casos que apresentam o rearranjo envolvendo FIP1L1/PDGFR-alfa, que pode ser pesquisado pela técnica de hibridação in situ por fluorescência (FISH). A instituição de mesilato de imatinibe para os casos que apresentam essa alteração genética deve ser imediata, inicialmente com 100 mg por dia, podendo chegar a 400 mg por dia na falta de resposta ou na presença de doença residual.
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Em geral, os pacientes alcançam remissão hematológica em cerca de 30 dias, com completo desaparecimento dos sinais e sintomas.
Fonte: fleury.com.br
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