A venlafaxina é um potente inibidor da recaptação da serotonina e plena potência noradrenérgica em dose igual ou superior a 150 mg/dia. Possui mecanismo de ação semelhante ao dos antidepressivos tricíclicos, porém com perfil de tolerabilidade superior e sem os problemas de segurança dessas medicações.
A venlafaxina tem pouca afinidade pelos receptores muscarínicos ou histamínicos. Sua metabolização é hepática e, pelo fato de exercer fraca inibição da enzima 2D6, tem perfil favorável em termos de associação com outras medicações, apresentando potencial mínimo de interações farmacológicas. Sua excreção é predominantemente urinária (87%), a meia-vida é de 5 horas e seu principal metabólito ativo, a o-desmetilvenlafaxina, tem meia-vida de 11 horas.
A metade da dosagem deve ser utilizada em indivíduos com insuficiência da função hepática e renal. A retirada da venlafaxina deve ser feita de forma gradual, em duas a quatro semanas, para evitar sintomas relativos à descontinuidade.
A venlafaxina de liberação prolongada é aprovada pelo Food and Drugs Administration (FDA) para o tratamento do transtorno depressivo maior, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade social e transtorno do pânico. Além dessas aprovações, sua eficácia também foi demonstrada no transtorno de estresse pós-traumático e transtorno obsessivo-compulsivo.
Fonte: moreirajr.com.br
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