Pesquisadores da Universidade de Salford (Reino Unido) podem ter encontrado uma solução para reverter o problema mundial da resistência aos antibióticos e parar infecções com as superbactérias como a MRSA. Bela Ozsvari e Michael Lisanti encontraram um caminho muito simples para isso durante um trabalho no qual eles nem mesmo estavam procurando por antibióticos.
Até agora, a nova técnica já permitiu identificar e validar vários novos antibióticos, muitos dos quais são tão ou mais potentes do que os antibióticos padrão, como a amoxicilina. "A descoberta se deu quando se pesquisavam novos compostos efetivos contra as células-tronco do câncer", explicou o professor Lisanti.
"As mitocôndrias e as bactérias têm muito em comum," ressalta Lisanti. "Nós começamos a pensar que, se os compostos que encontramos inibiam as mitocôndrias, eles também matariam as bactérias. Portanto, esses novos agentes anticancerígenos também devem ser antibióticos em potencial."
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Foram identificadas 800 moléculas potencialmente capazes de inibir as mitocôndrias e, das quais 10 foram mais promissoras. Estas 10 foram então testadas usando a triagem fenotípica tradicional de drogas.
Os resultados mostraram que esses fármacos sintéticos - sem qualquer engenharia química adicional - inibem um amplo espectro de 5 tipos de bactérias comuns, incluindo Streptococcus, Pseudomonas, E. coli e Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA). Os compostos também matam o fungo patogênico Candida albicans.
Os novos antibióticos foram batizados de "mitorriboscinas" porque foram encontrados alvejando o ribossomo mitocondrial em células cancerosas humanas. Todas as mitorriboscinas descobertas até agora são igual ou mais potentes do que os antibióticos padrão.
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Fonte: diariodasaude.com.br
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