Em 2001, a sífilis congênita acometia um em cada mil bebês nascidos vivos no Brasil. Passados quatro anos, esse número saltou para 6,5 em mil nascidos no Brasil e 12,4 em cada mil no Rio de Janeiro, o estado mais afetado. A meta da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) previa uma redução para 0,5% caso por nascido vivo em 2015.
"Vimos acontecer exatamente o contrário. A sífilis teve um aumento significativo", afirma o pediatra e diretor do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Gil Simões, que há quatro décadas atende crianças em hospitais da rede pública.
Em nota, o Ministério da Saúde diz que "diversos fatores podem contribuir para o aumento dos casos notificados de sífilis registrado nos últimos anos, entre eles a melhoria da vigilância e do diagnóstico".
Os dados oficiais mais recentes, obtidos no Boletim Epidemiológico de 2016 do Ministério da Saúde, indicam que, entre 2014 e 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%, a sífilis em gestantes de 20,9%, e a congênita de 19%. Em 2015, o número total de casos notificados de sífilis adquirida no Brasil foi de 65.878, sendo os homens 60,1% deles.
Fonte: Globo online
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