Em estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Hong Kong e da Universidade College London, na Inglaterra, 63.000 adultos foram divididos em dois grupos: o primeiro, composto por 3.271 pessoas, tomou um medicamento da classe dos inibidores da bomba de prótons (sigla IBP - ex: omeprazol), e o segundo, com 21.729 participantes, foi tratado com um anti-histamínico H2 (ex: ranitidina) durante três anos.
Os voluntários foram acompanhados entre 2003 e 2015, tempo de duração do estudo. Nesse período, 153 participantes desenvolveram câncer de estômago. As análises mostraram que nenhum deles apresentou a bactéria H Pyloru, mas todos tiveram inflamação estomacal de longo prazo.
Os resultados mostraram que, enquanto os bloqueadores H2 não aumentam o risco de câncer de estômago, os IBPs mais que dobraram a probabilidade da doença. Nas pessoas que tomavam diariamente algum IBP, o risco foi 4,55 vezes maior do que aqueles que ingeriam o medicamento apenas uma vez por semana.
Após um ano de uso de omeprazol, pantoprazol ou lansoprazol, a probabilidade do paciente desenvolver câncer de estômago aumentou cinco vezes. Após três anos ou mais de uso contínuo, o risco aumentou para oito vezes.
A explicação mais plausível para a totalidade de evidência sobre isso é que aqueles que recebem IBPs, e especialmente os que continuam a longo prazo, tendem a estar mais doentes de várias maneiras do que aqueles para quem esses remédios não foram prescritos.
Fonte: VEJA
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