Um marco histórico dos aminoglicosídeos se deu na década de 60 com a descoberta da gentamicina. Todos os aminoglicosídeos têm o potencial de produzir toxicidade renal reversível ou irreversível. Os eventos bioquímicos que levam à lesão das células e à disfunção glomerular ainda não estão bem elucidados, mas podem envolver perturbações nas estruturas das membranas celulares.
Estudos remotos realizados com a microscopia óptica e o uso de uma pequena variedade histoquímica de corantes para a morfologia apontavam para as alterações produzidas pelos aminoglicosídeos nas células do túbulo proximal
Segundo Hanslik et al, a nefrotoxicidade da gentamicina nos túbulos contorcidos proximais se deve ao fato de que o fármaco é internalizado pelos lisossomos, causando liberação de enzimas hidrolases, conseqüentemente causando necrose das células e obstrução do túbulo proximal.
Um avanço nos métodos de análise e elucidações mais precisas sobre o envolvimento das estruturas lisossomais observado no estudo de Gurnani et al mostrou o acúmulo de gentamicina no interior dos lisossomos, inibindo a atividade das fosfolipases e esfingomielinases, causando a formação de corpos mielóides.
O inchaço e explosão dos lisossomos resultam na liberação de enzimas lisossomais e aminoglicosídeos, seguida de necrose das células do túbulo proximal, prejudicando as funções renais.
Fonte: Scielo
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