Estatinas podem aumentar risco de Parkinson
O uso de estatinas pode acelerar o aparecimento dos sintomas da doença de Parkinson em pessoas suscetíveis à doença. Embora as estatinas venham sendo objeto de controvérsia na comunidade médica há tempos, este alerta é surpreendente porque algumas pesquisas anteriores sugeriam que esses medicamentos, usados contra o colesterol alto, poderiam proteger contra a doença de Parkinson.
Até agora, os estudos nessa área vinham se mostrando inconsistentes, com alguns mostrando um menor risco, alguns não mostrando diferenças e alguns mostrando maior risco de doença de Parkinson entre os usuários de estatinas.
Outra razão para os resultados inconsistentes é que existem 2 tipos de estatinas. As estatinas solúveis em água não conseguem entrar no cérebro, enquanto as estatinas lipossolúveis, chamadas lipofílicas, conseguem. A maioria das estatinas é lipofílica e incluem atorvastatina, lovastatina e sinvastatina.
Em estudo, foram selecionadas cerca de 22 mil pessoas com doença de Parkinson entre milhões de pacientes. A seguir, esse número foi reduzido para 2.322 pacientes com doença de Parkinson recém-diagnosticada. Cada paciente de Parkinson foi então pareado aleatoriamente com um paciente do banco de dados que não tinha Parkinson, formando o chamado grupo de controle.
A seguir foram determinados quais pacientes estavam tomando estatinas e por quanto tempo eles tomaram antes do aparecimento dos sintomas da doença de Parkinson. Para os investigadores, estas descobertas contradizem as crenças de que as estatinas lipofílicas podem ter um efeito neuroprotetor.
Embora sejam necessários mais estudos para entender melhor esses resultados, os investigadores defendem o uso cauteloso das estatinas, particularmente em pacientes com maior risco de desenvolver a doença de Parkinson.
Fonte: diariodasaude.com.br
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