Tomar pequenas doses de aspirina preventivamente reduz o risco de doença cardiovascular, mas aumenta muito mais significativamente o risco de sangramento. Esta é a palavra mais recente da ciência sobre o assunto, de acordo com uma revisão sistemática da literatura médica publicada no British Journal of Clinical Pharmacology.
Nicola Veronese e um time de várias instituições europeias conduziram a revisão porque o equilíbrio geral entre riscos e benefícios de tomar aspirina é um dos assuntos mais controversos da medicina atualmente. A equipe reuniu informações de análises de todos os estudos observacionais relevantes e ensaios clínicos randomizados feitos no passado recente.
O uso de aspirina em baixa dose por pessoas sem doença cardiovascular mostrou-se associado a uma incidência 17% menor de eventos cardiovasculares, como ataques cardíacos não fatais, derrames não fatais ou mortes relacionadas a doenças cardiovasculares.
Por outro lado, o uso preventivo de aspirina em baixa dose também foi associado a um risco 47% maior de sangramento gastrointestinal e um risco 34% maior de sangramento intracraniano.
"Esses riscos e benefícios precisam ser ponderados em análises formais de decisão para orientar o uso de aspirina na prevenção primária," ponderou o professor Lee Smith, da Universidade Anglia Ruskin (Reino Unido).
Fonte: diariodasaude.com.br
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